Associação oficial de escritores itaunenses com o objetivo de divulgar a literatura local, bem como zelar pela cultura das letras.
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
POSSE DE MARIA HELENA CORGOSINHO PENA...
domingo, 27 de outubro de 2024
ALINHAVO
Phonteboa |
Um linha fina e tênue ligam ponto a ponto.
Seguram páginas,
Conectam ideias
e santificam sentidos.
Cada livro, cada texto produzido
são palavras alinhavadas,
como as folhas dos livros
presos por linhas frágeis
alheia a vontade das folhas.
As palavras alinhavadas
nas linhas frágeis e finas
das ideias
revelam vidas
compartilhadas,
entrelaçadas.
As palavras são espelhos
onde as ideias se olham,
se reconhecem
e se espalham.
Aguardam serem vistas,
observadas,
escutadas,
sentidas...
só assim ganham
vida.
sábado, 26 de outubro de 2024
Enigma
Ouço o canto do mar.
A onda lambe meus pés como uma carícia
Ao som da cantiga do mar.
Deixa desenhos na areia
Que me fazem pensar:
Que mistérios são esses
Que o mar me quer revelar?
Continuam a me enganar,
Como os caminhos da vida
Por onde tenho que caminhar.
terça-feira, 15 de outubro de 2024
PROFESSOR José Gomes Miranda - PROFESSOR José Miranda - PROFESSOR Miranda: OBRIGADO.
O acadêmico Hélvio Marques, compartilha conosco o poema encontrado pelo neto do nosso querido Professor Miranda.. E com esta publicação a Academia Itaunense de Letras - AILE faz homenagem a este homem que foi professor de forma plena. Itaúna deve muito a este PROFESSOR. O quanto aprendemos com este PROFESSOR, tanto que este homem José Gomes de Miranda integrou ao seu nome o título que honra a todos nós professores, José Gomes Miranda, se tornou PROFESSOR JOSÉ GOMES MIRANDA, para alguns PROFESSOR JOSÉ MIRANDA e para os mais próximos PROFESSOR MIRANDA.
CREIO
Creio em mim, na minha determinação pensada.
Creio nos que me lideram e comigo buscam as mesmas estradas,
se com amor temperam gestos.
Creio nos amigos, pois me tornam a vida mais leve, fluida...
Creio sobretudo em Deus, fonte de toda força para o bem,
e milagre imenso do quanto me cerca!
Creio nas preces que sobem ao alto, como o fumo dos incensos,
pois me alimentam de caridade e paciência, ao sentar-me junto aos incrédulos;
Creio nas mãos que trabalham, se dignificam a casa do operário,
e lhe garantem o pão dos filhos.
Creio na vitória dos que lutam, se respeitam o pranto dos vencidos
e com eles concertam partilha justa.
Mas não creio estar limpo no mundo, quem, ao partir, não o deixa melhor;
Mas não creio isento de culpa, quem, diante de uma flor ou de uma estrela,
- apagada que seja - não sinta nesta sorte a presença d'Aquele que mantém a vida,
e sustenta os mundos.
José Gomes Miranda
domingo, 25 de agosto de 2024
O silêncio de meu pai
Texto de Charles Aquino
O poema “O Silêncio de Meu Pai”, escrito pelo professor Phonteboa e incluído no minilivro “Presença Paterna” – uma obra de dimensões singulares (2,6 x 3,4 cm) e fonte no tamanho 4,5 –, é uma peça literária cuidadosamente elaborada para "afetar" profundamente seus leitores. Lançado em 2024, este minilivro, apesar de seu formato diminuto, revela-se grandioso em cada palavra, ampliando-se em significado à medida que o leitor mergulha na mensagem que o autor pretende transmitir. Phonteboa destaca que cada um tem seu próprio jeito de se tornar presente, e é precisamente essa presença silenciosa que o poema captura com maestria.
O poema explora a profundidade e a complexidade do silêncio como um meio de comunicação poderoso e, muitas vezes, subestimado. Através do silêncio do pai, o eu lírico experimenta uma conexão íntima e profunda que vai além das palavras. Este silêncio é apresentado não como ausência, mas como presença repleta de significados e sentidos, algo que ocupa "todos os espaços" do ser do filho, desencadeando reações e reflexões profundas.
A insistência em falar, por parte do filho, pode ser vista como uma tentativa de preencher um vazio que, na verdade, não existe, pois o silêncio do pai já está pleno de significado. Isso reflete a dificuldade humana em aceitar e compreender o silêncio como uma forma legítima e rica de comunicação, especialmente em uma sociedade onde o falar é muitas vezes mais valorizado que o ouvir.
À medida que o poema avança, o silêncio do pai adquire uma dimensão transcendente. Torna-se "uma pausa no barulho do mundo", um momento de introspecção e busca por novos significados, novos pensamentos. É neste ponto que o silêncio se transforma em eternidade – quando o pai se vai, seu silêncio permanece como um legado, algo que agora o filho compreende em sua totalidade.
O desfecho do poema é especialmente tocante. O eu lírico, ao perceber a eternidade do pai no silêncio, cala-se, indicando que finalmente compreendeu e aceitou o poder desse silêncio. O silêncio do pai não é mais algo a ser preenchido ou rompido, mas respeitado e honrado.
Em termos literários, o poema utiliza a repetição do verso "O silêncio de meu pai" para enfatizar a centralidade dessa ideia na vida do eu lírico. O uso de paradoxos, como "o silêncio que comunica" e "o silêncio que ocupa todos os espaços", reflete a complexidade do tema e a rica ambiguidade do silêncio como uma forma de expressão.
No geral, o poema é uma reflexão profunda sobre a comunicação não-verbal, o legado dos pais, e a transformação do silêncio em um espaço de memória e conexão espiritual. É um convite à introspecção e à valorização dos momentos de quietude, tanto na vida quanto na morte. O professor Phonteboa, com sua obra pequena em dimensões físicas, mas imensa em profundidade emocional, nos lembra que a presença se manifesta de formas diversas e que o silêncio, muitas vezes, é a mais eloquente delas.
O SILÊNCIO DE MEU PAI
Estava ali ao meu lado por um longo tempo sem pronunciar som algum
E como comunicava
E provocava em mim reações descabidas
E eu insistia em falar...
E não ouvia plenamente o silêncio de meu pai.
Era uma pausa no barulho do mundo
Era uma busca de um novo sentido
De um novo momento
De um novo pensamento
É agora eterno
E, então, percebo que meu pai tornou-se eterno
No próprio silêncio
No silêncio que era o silêncio de meu pai.
Calo-me
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Poeta
Mas sinceramente, esse poeta hoje cai, porque a poesia volta
Porém, esse meu cigarro não é palha, me perdoa vício,
Sendo o poeta sonhador que de dia sonhou
– “Ela?”
sexta-feira, 24 de maio de 2024
Minas e sua cultura
Minas Gerais, a terra de mil encantos,
Estado onde a história e a natureza nos ecnantos.
Montanhas, rios e cidades tão singelas,
Que nos acolhem mostrando sua getiliza.
Do pão de queijo ao doce de leite,
Sabores que aquecem o caração.
E as cidades históricas, com seu passado tão reluzente,
Contando seus segredos em cada construção.
Minas, terra de artista e poetas,
Que enaltecem sua beleza singular
Com versos e melodias que ecoam pelo ar,
Celebrando também esta terra de tanto esplendor.
No interior de Minas Gerais, um som peculiar irá de ouvir,
O Sotaque que encanta é o mesmo que faz o coração sorrir.
As vogais arrastadas e as consoantes suaves,
Dão vida à fala dos mineiros, de uma forma tão singela e cativante.
É um jeito manso de contar as histórias,
Do "uai" ao "trem" logo estará a se entrelaçar,
O sotaque mineiro é música para os ouvidos.
Que nos leva a viajar sem ao menos sair do lugar.
"O trem apita na estação,
Levando histórias e emoção,
Pelos trilhos de Minas a cortar,
A paisagem a deslumbrar."
O café
Poema escrito pelo estudante Lucas Gabriel Resende Máximo, aluno do 8° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Leonardo Gonçalves Nogueira, situada no Bairro Jadir Marinho (Itaúna-MG)
No aconchego da xícara, o café repousa,
Aroma que dança, sabor que encanta,
Do grão ao líquido, a magia se avoluma,
Nas manhãs frias ou nas noites de calma.
Das plantações distantes do nosso lar,
Viaja o néctar que nos aquece o peito,
Em cada gole, um mundo a desvendar,
Histórias contadas em cada cafezinho perfeito.
No vapor que se eleva, há mistério e poesia,
Nas conversas que surgem, a vida se desvela,
O café, esse elixir que nos guia a cada dia,
É o combustível da alma, a essência mais bela.
Do expresso intenso ao cappuccino cremoso,
Cada variação, uma nova experiência,
Um convite ao encontro, um momento precioso,
Café, símbolo de amor e de convivência.
Que nunca falte o café na nossa jornada,
Que seu sabor nos inspire e nos acalente,
Pois em cada xícara, uma história é contada,
E em cada verso, um brinde à sua essência presente.
sábado, 18 de maio de 2024
RECADO A MAMÃE
Elina Dirce |
Mamãe:
Eu nada era.
Você me deu a vida
e me fiz um pedaço de gente.
Eu nada podia.
Você abriu sua dedicação
e me ensinou os primeiros passos,
as primeiras palavras,
o contato imediato com o mundo.
Eu nada entendia da vida.
Você abriu sua inteligência
E me ensinou a observar,
e me ensinou a sentir,
e me ensinou a conviver.
Eu nada tinha.
Você abriu sua generosidade
e me dispensou cuidados,
e me deu carinho,
e me deu segurança,
e me deu o mundo.
Se eu choro, você me abre um sorriso
e, no sorriso amigo, o choro se esvai.
Se eu tenho medo, você me abre os braços
e, no abraço seguro, o medo se desfaz.
Se eu faço sucesso, você se derrete em orgulho
e, pelo seu orgulho, me sinto mais capaz.
Se preciso de ajuda, você abre o seu tempo
e tem tempo pra mim,
e me faz confiar mais em mim.
Se faço das minhas você fecha a cara.
Mas o amor é demais!!!
E você abre a cara pra me perdoar...
Ah, Mamãe!
No seu belo exemplo
de abrir-se pra mim,
aprendi a grande lição
de abrir-me pra vida.
Ah, Mamãe, Você é só Você!!!
domingo, 12 de maio de 2024
COLMEIA
Poema em homenagem aos Dias das Mães
Poema de autoria de Maria Lúcia Mendes, lido por Geraldo Phonteboa.
Leitura feita pela própria autora
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Crochê
Ponto a ponto
Vão se juntando os pontos
Ponto alto, ponto baixo,
Ponto médio, ponto vazado,
Ponto altíssimo, ponto cheio...
Às vezes a linha embaraça,
Há que desmachar os nós,
Se quiser continuar.
Outras descobre-se erro no ponto,
Desmancha, começa de novo
Entre altos e baixos,
Desembaraça, desmancha,
A peça vai se formando.
Entre nossos altos e baixos
Crochê e vida se misturam:
Nós somos a linha do crochê
E nós mesmos crochetamos nossa vida.
Agulhadas, subidas, descidas,
Faz, desfaz e refaz
Crochê de nossa história de vida.
domingo, 28 de abril de 2024
Quantos?! Tantos!
Talvez a luz que váincendiar nossa vida estejano "não vai dar certo" queinsistimos em dizer!
Quantos "não vai darcerto" já nos impediram dearriscar?
Quantos caminhosimprováveis já deixamosde caminhar?
Quantas bençãos jádeixamos de receber?
O quanto da vida jádeixamos de viver?
sábado, 27 de abril de 2024
A pandemia da COVID! Reflexões de um médico.
Passei nestes anos por várias tribulações como os surtos de meningite, H1N1, dengue entre outras, mas com o poder destruidor e avassalador do CORONAVIRUS, confesso que nunca ví antes!
O mundo não é mais o mesmo, aliás existe hoje o antes e o pós coronavirus.
Dizem alguns que o Criador permitiu esta doença entre nós por inúmeras razões entre elas para demonstrar nossa pequenez, a fragilidade do ser humano e para unir e fortalecer as famílias.
Quem de nós não perdeu um parente ou conheceu alguém que nos deixou e olha que pessoas jovens e relativamente saudáveis morreram.
Os desafios são enormes e em pouco prazo a ciência desenvolveu vacinas e assim muitas vidas puderam ser preservadas.
Porém algumas pessoas relutam em tomar a vacina e se dizem fortes o suficiente por não terem adquirido a doença, mas se Sabin e outros cientistas fantásticos não tivessem desenvolvido vacinas certamente não viveríamos tanto nem alcançariam os cento e vinte anos hoje.
Inúmeras lições aprendemos com a Pandemia do COVID: não podemos menosprezar a ciência; vacinas são bem-vindas; devemos estar atentos no dia a dia com relação ao que acontece no mundo; somos humanos frágeis e o mundo muda a cada momento com novos e inúmeros desafios.
Não é concebível que este vírus tenha sido fabricado em laboratório, mas o livro sagrado fala em pragas.
Enfim com o bom senso não nós esqueçamos das nossas limitações; viva a ciência!
Que cada dia façamos o melhor de nós para nosso próximo e nós mesmos e não menosprezemos a ciência que existe para nos ajudar.
Elvio Marques da Silva
21/11/2022
terça-feira, 23 de abril de 2024
A magia da Flor do Ipê Amarelo
Maria Solange
domingo, 21 de abril de 2024
Tiradentes
"Possivelmente a infâmia decretada contra a memória do glorioso mártir da Inconfidência Mineira (Tiradentes) haja contribuído para que não fosse lembrada em Pitangui a atuação do Padre Domingos da Silva Xavier" (Soares, Padre Vicente. A história de Pitangui. 1972, pág. 343)
Tiradentes de agora
Phonteboa
A saga de Tiradentes, audaz e forte,
Que pela liberdade se entoa,
Em versos que o progresso suporta.
Do herói mártir, a voz ressoa,
Nos cantos que o futuro conforta,
Em cada verso, a história se avoa,
Com a coragem que o país transporta.
Tiradentes, símbolo de luta e esperança,
Que inspira novos tempos brasileiros,
Em sua trajetória, a mudança avança,
Erguendo bandeiras de ideais verdadeiros,
Seu nome ecoa na história, criança,
Desafiando forças reacionárias, passageiros.
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Emanharado de Emoções
Maria Vilela George
Que formam um conjunto, tudo junto
Há neste conjunto partes distintas
Que se olhadas bem de pertinho
Elas têm algo especial
Apesar de parecer tudo igual.
Uma são duras, outras suaves
Essas aqui, mas grossas e densas
Ah, essas fitas, cada uma com suas cores.
Tão diferentes e tão iguais
Que acabam sendo bem originais.
Se parecem com minhas emoções
Fico vermelha de raiva
Azul de tristeza e até verde de pavor
E minha face fica assim rosada
Quando o coração explode de amor.
Fica este este coração menino
Quanto se enche de alegria
Ah, essas fitas, essas emoções
Tudo junto, formando este belo conjunto
Que sou eu, que é você, que somos nós.
domingo, 14 de abril de 2024
A solução final, destruir ou construir?
(Conclusão do artigo “Admirável mundo novo” publicado na Revista da Academia Itaunense de Letras - Volume II, págs. 173-176)
Que Viagem!
POSSE DE MARIA HELENA CORGOSINHO PENA...
E assim continuamos a existir... A Academia Itaunense de Letras, ao comemorar seus 9 anos de existência tem o prazer de receber uma nova a...
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Por Phonteboa Hoje, dia 12 de abril de 2024, ocorreu o lançamento do magnífico livro “ Carnaval: uma explosão de alegr...