domingo, 14 de abril de 2024

A solução final, destruir ou construir?

Lauer Araujo                


        Constatamos que muitos seres vivem no mundo de fantasia sem perceberem que a realidade os ronda exige um correto posicionamento.
        Erros e equívocos vêm se acumulando ao longo dos séculos -  as falhas são repetitivas -  o que provoca imensos prejuízos.  não se pode falar de evolução quando a vida é vivida com base em falsos conceitos e preconceitos.
        Ainda que a humanidade tenha feito progressos fantásticos nos campos da arte, da ciência e da tecnologia, percebe-se notadamente que, nos campos da moral e da ética, a decadência se acentua celeremente.
        Acentua-se a decadência com tendência para a destruição!
        Como? Não é possível, então, a reconstrução da sociedade com base em tudo de bom que já existe, um recomeço?
        Parece que não!  As mentes humanas estão apinhadas com pensamentos destrutivos, demolidores, que tarefa inglória será tentar reconstruir a sociedade.
        Mas, as mentes humanas, estas sim, podem ser revitalizadas através de sua reorganização, de seu ordenamento mental e moral. 
        Como isso é possível?
        Estamos aprendendo que são os pensamentos os que dominam as vidas dos humanos; estes ocupam o campo mental e impõe a sua vontade para os seres.
        Não há liberdade de pensamento. Os seres -  na sua maioria -  são escravos dos Pensamentos, impostos por eles mesmos ou por terceiros.
        Há que fazer, então, uma limpeza Mental para expulsar os pensamentos indesejados os de índole negativa e os que nada oferecem para a evolução dos seres humanos.
         E Quem fará isso?
        Ora, os próprios seres, considerando que cada um deveria ser dono de sua própria vida, de sua existência, e seus feitos, de sua conduta.
        Como isso é possível?
        Da mesma forma como, ao longo da história, alguém incutiu nas mentes humanas pensamentos de índole negativa, como afirmamos, também é possível ali incutir pensamentos de índole positiva.
         Assim como se pode fazer o mal, um dia, agora se fará o bem.
        Desta forma, amparando a vida nos conhecimentos transcendentes, os que estão além dos conhecimentos comuns, a vida individual se transformará gradualmente, progressivamente.
        E quando uma considerável quantidade de homens e mulheres isso houverem compreendido, transformando suas vidas, o conjunto humano mudará a sua apresentação.
        A partir daí, então, uma nova sociedade irá surgindo e no lugar da velha e decrépita cultura que encarna em uma civilização precária, surgirá um admirável mundo novo, um mundo no qual valores e Virtudes de ordem superior serão mais bem praticados.
        E já não haverá mais choro e ranger de dentes, cujos maléficos e incômodos ruídos -  miasmas assustadores -  aos poucos desaparecerão, para dar lugar a um canto feliz, sinônimo da alegria e da felicidade que invadirão os corações humanos.
        Some a distopia e não se cria utopia: teremos um mundo real, maravilhoso, pleno de energia superiores e virtudes essenciais.
        Os pessimistas dirão que tudo isso é impossível, que é sonho irrealizável.
        Otimistas afirmarão que tudo isso acontecerá por determinação divina.
         Realista considerarão que os esforços despendidos pelos seres poderão tornar efetivas tais conquistas, sempre com muita dedicação, muito afã na busca dessas expressões superiores de vida.
        Chegará o tempo em que todas essas visões poderão ser confirmadas.
        Enquanto se espera vamos trabalhando incansavelmente para a vitória final.
        Há que se decretar a verdadeira Independência: a que depende da evolução do espírito individual e formula -  dentro da vida atual uma nova vida -  a que sustentará a realidade de um admirável mundo novo.

(Conclusão do artigo “Admirável mundo novo” publicado na Revista da Academia Itaunense de Letras - Volume II, págs. 173-176)


Sem comentários:

RECADO A MAMÃE

  Elina Dirce     Mamãe: Eu nada era. Você me deu a vida e me fiz um pedaço de gente. Eu nada podia.           Você abriu sua dedicação     ...