Por Phonteboa
Hoje, dia 12 de abril de 2024, ocorreu
o lançamento do magnífico livro “Carnaval: uma explosão de alegria + causos”
de Sérgio Nogueira, o nosso “Sergio Tarefa”. A importância desse livro vai ser
reconhecido ao longo de sua própria história, tanto da história que ele conta,
quanto da história que se fizer depois dele. É um livro de cultura, de cultura
popular, da cultura feita por todos os seguimentos sociais. Sua importância
é, portanto, exponencial. Só não sabe disso o Secretário de Cultura, que não
compareceu ao evento de lançamento, nem mandou representante. Lamentável! Fato
que faço questão de registrar. Mas voltemos ao livro: O livro é composto por
534 páginas, com mais de 570 fotografias, sem contar fotos de publicações em
jornais de época e ainda inúmeros causos. É um livro de memórias, de
curiosidades, de história e principalmente de referência, ou seja, de consulta
para futuros estudos e de cultura. Um brilhante trabalho de Sérgio
Tarefa.
A obra
foi prefaciada por Raimundo Rabello, um dos maiores carnavalescos de Itaúna,
compositor de samba enredo, puxador, folião e historiador. Sua presença no
prefácio desta obra, por si só, é a demonstração do quanto esta obra é
importante. Mas para não ficar em minha mera opinião, transcrevo uma pequena
parte do livro para que você leitor possa mergulhar na própria áurea da obra.
Assim começa a obra de Sérgio Tarefa:
“Não se sabe ao certo quando surgiram os bailes de carnaval e os desfiles de rua em Itaúna. Os primeiros registros de que se tem notícias são da criação do “CLUBE UNIÃO OPERÁRIO ESPORTE CLUBE, em 1929, que funcionou inicialmente em um cômodo alugado na Praça da Matriz e era presidido pelo Sr. Isaurino do Vale e Sr. José Herculano Pereira, e que só realizava danças de salão. Em 1936, surgiu o CLUBE FLOR DO MOMO”, com sede na Rua Santana e tendo como Diretores os irmãos Antônio Quirino da Silva e Joaquim Quirino da Silva, também dedicado a danças de salão nos primeiros anos de funcionamento.Em 1944, um grupo nascido na Rua da Ponte que se denominava “BLOCO FLOR DO MOMO”, o mesmo nome de um clube social instalado em 1936, na Rua Santana, mas entidades diferentes. Foi a família de Antônio Tomás que teria começado com o desfile do “Bloco da Flor do Momo”, que subia a Rua Silva Jardim e desfilava na Praça da Matriz. Depois do “Bloco da Flor do Momo”, outros grupos começaram a surgir. Assim surgiu a “BANDA DO CAROÇO ENCRAVADO”, que trazia instrumentos musicais confeccionados na oficina do Zeca Franco, usando bacias velhas, urinóis, frigideiras e outros objetos domésticos. A banda era composta pelo próprio Zeca Franco, pelo filho Afonso, por Zé Caldeireiro e por alguns ferroviários locais.”
Que saber mais?... Entre em
contato com o autor, adquira o livro e delicie com as fotografias e com os
registros da inúmeras bandas e blocos de carnaval de nossa cidade: Banda suja, Sai
da Reta, Pau de Gaiola, Bloco dos Farrapos, Blogo das Virgens, Bloco do Eu
Sozinho, Banda Esplendor e Glória, Zulus, Unidos da Ponte, etc... Não dá para
não ler! Uma história que vale a pena conhecer e reconhecer!
2 comentários:
Excelente registro, Phonte. Evento que merece ser registrado, com certeza!
Esta obra é importantíssima para a história da cultura popular de Itaúna. Que venha agora uma publicação só com as letras dos sambas enredos... seria muito interessante... quem se aventura escrever: Raimundo Rabello? Sérgio Tarefa? outro carnavalesco?
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